‘Seminário Educomunicação na Práxis Social’: diálogos sobre Comunicação, Arte e a Educação

A terceira e última mesa-redonda do Seminário Avançado “Educomunicação na práxis social: perspectivas epistemológicas em debate, na Europa e no Brasil” explorou diferentes linguagens na educação e a importância de publicações científicas para a disseminação dos estudos, pesquisas e experiências desenvolvidas na interface da Educação e Comunicação.

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Sob a temática “Diálogos entre os participantes e palestrantes sobre as interfaces entre a Comunicação, Arte e a Educação”,  a mesa foi coordenada pelo professor Claudemir Edson Viana, do NCE/USP, acompanhado de José Ignácio Aguaded Gómez, da Universidade de Huelva, da Espanha; Maria Cristina Costa, do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Comunicação e Censura da USP e socióloga com ênfase em Arte e Comunicação; Adilson Odair Citelli, cooeditor da revista Comunicação & Educação, da ECA/USP; e Ismar de Oliveira Soares, fundador do NCE/USP e presidente do ABPEducom.
O diálogo foi aberto pela professora Cristina Costa, que ressaltou a importância de explorar a arte no espaço educativo a fim promover a sensibilidade e estimular a criatividade. Para ela, os professores precisam instigar a produção simbólica na escola e se abrir para o campo das sensibilidades.  “Precisamos trabalhar a produção simbólica da sociedade. É importante trabalhar no aluno o seu olhar estético para a sala de aula e levá-lo à escola. Por que o aluno não pode se expressar de outras formas? Sim, ele pode. E a arte é um dos caminhos que permitem as sensibilidades, precisamos usar múltiplas linguagens, pois ninguém gosta de algo sem motivo”, destacou.

O professor Adilson Odair Citelli também destacou o campo das linguagens, intensificou a importância de uma reflexão sobre o momento atual para poder desenvolver o trabalho no espaço educativo, tendo em vista a crise política que o País se encontra, e ainda abordou a gestão democrática dentro desses ambientes educacionais. “A gestão democrática é mais que democrática. Já existem as questões burocráticas. Digo que é uma das nossas utopias, pois a escola tem de ser contraideológica para a formação da cidadania”, destacou. E, para complementar, ressaltou a relevância da revista Comunicação & Educação, da qual é cooeditor. A publicação, que completou 22 anos, é referência e tem contribuído para o compartilhamento de importantes discussões no segmento. “Ela está entre as 100 mais citadas no mundo e é a terceira mais comentada no Brasil”, destacou Citelli.

Sobre as publicações dentro da interface Educação e Comunicação, o professor José Ignácio Aguaded Gómez apresentou a revista Comunicar, da Universidade de Huelva, da Espanha, considerada a mais importante na área, que aborda pesquisas realizadas sobre o tema em vários países da América e Europa. Publicado desde 1993, o periódico compartilha práticas, reflexões teóricas, informações para ampliar o debate sobre o campo da Educação e Comunicação.  “Uma grande investigação garante uma boa pesquisa e um bom estudo”, ressaltou Aguaded.

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