A comunicação, dentre outros conceitos, significa compartilhar, repartir, dividir algum tipo de informação, criando uma relação de troca entre os seres envolvidos, sejam humanos ou animais. Essa comunicação influencia e é influenciada pelo meio e os vários aspectos culturais de um povo ou sociedade. No caso das crianças, a mídia televisiva impacta e forma opiniões, criando conceitos, direcionando o consumo, e moldando o comportamento dos nossos baixinhos. A partir do exercício ‘Caça aos Tesouros NCE’, construímos agumas ideias sobre a relação de crianças com a televisão. Nossa referência – e também nossa inspiração – é o livro Televisão, crianças, imaginário e educação: dilemas e diálogos, de Elza Dias Pacheco.
Confira sete situações para entender um pouco mais sobre ‘Criança e Televisão’: 1. Cultura e Acesso à Informação
A televisão é um grande veículo de informação e entretenimento dos baixinhos. A sua importância na esfera infantil tem uma participação efetiva de democratização e acesso a informação, entretenimento e as diversidades artísticas e culturais. A televisão conta o passado, o atual e as tendências do mundo moderno. As crianças conhecem outros povos, culturas, costumes e línguas. Permitem-se descobrir um lugar na sociedade, e a desbravar a realidade que os acercam.
2. O Lúdico – Super Homem
A televisão na educação infantil veio para criar novas linguagens educativas, sem se esquecer de elaborar um clima lúdico e criativo, mudando essa atividade numa tarefa agradável e prazerosa para os baixinhos. Elas imaginam e copiam seus heróis de desenhos animados. Quem nunca quis ser um personagem de quadrinhos infantil?
3. Educação- A televisão como processo de ensino
As crianças, durante a educação infantil, emitem o que veem ou incorporam padrões de comportamentos propostos a elas. Existem inúmeras pesquisas apontando como o uso da televisão e os cinemas podem ser um instrumento pedagógico promissor, do ponto de vista da evolução cognitiva na aprendizagem. As escolas apostam nesse cenário e trabalham, significativamente, usando programas educativos como instrumentos que os baixinhos possam trabalhar sua criatividade com programas educativos.
4. O Consumo infantil: UM ALERTA
A cultura do consumo infantil dá sinais para sérios problemas. As emissoras televisivas passam constantemente propagandas que trabalham o lúdico infantil. As indústrias de brinquedos usam estratégias de comunicação que estimulam o desejo de compra desse público. É importante destacar que muitos pais compram os brinquedos e outros bens para as crianças para substituir suas ausências dentro de casa e, assim, estimulam o consumismo nessa geração.
5. Obesidade: Precisamos falar sobre isso
As nossas crianças estão ficando obesas. Estudos indicam que o tempo gasto pelas crianças assistindo televisão é alto quando comparado a outras atividades, como exercícios físicos, por exemplo. Essas consequências geram um impacto preocupante para a saúde dos nossos baixinhos. O sedentarismo tecnológico está relacionado diretamente à obesidade. A influência de propagandas televisivas mostram alimentos que instigam às crianças ao consumo, mas esses produtos são altamente calóricos e pobres nutricionalmente.
6. Violência: As alterações de comportamento
Nos dias de hoje, as crianças têm acesso à violência por todos os lados, seja jogando seus videogames e acessando seus computadores ou pela televisão. As crianças adquirem um comportamento violento devido aos desenhos que incentivam a certo conflito ou tensão ?. Os programas de personagens infantis mostram, normalmente, um herói e um vilão. O desenrolar dos episódios mostram as lutas e as estratégias de ambas as partes para vencer a batalha.
7. Leitura crítica dos meios: Um exercício diário
A televisão, ao intencionar e reproduzir o universo real em sua multiplicidade, constrói um cenário do mundo em que as crianças acabam se identificando, assumindo as imagens produzidas para si mesmas. Uma solução plausível é que a leitura crítica dos meios seja um aprendizado diário para seus leitores, ou seja, uma educação que transforma o educando em protagonista de leitura do mundo em que vive, e assim, constrói a possibilidade de transformar a recepção midiática em um processo natural, em que as crianças possam ter uma seleção crítica do que precisa ser aprendido, ou não em um contexto social.