Educomunicação: tema de congresso e conteúdo pedagógico, em Florianópolis

A educomunicação ganhou o espaço privilegiado, ao ser tema da conferência de encerramento do VII Congresso de Educação Básica sobre “Docência na sociedade multitelas”, ocorrido na capital catarinense, entre 5 e 6 de favereiro de 2018, reunindo 1.200 professores e técnicos da Secretaria Municipal de Educação.


Professores fazem seu credenciamento para dois dias de debates sobre inovação e Educomunicação

A palestra foi proferida pelo Presidente da ABPEducom, tendo como título: “Inovação na Getão e nas Práticas Pedagógicas”. O prof. Ismar Soares desenhou um percurso histórico da relação do sistema educacional com o universo da comunicação, para, na segunda parte de sua sua palestra, apresentar as possiblidaddes abertas para a prática edomuncativa pela recém-estabelecida Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O palestrante retomou as críticas à BNCC que haviam sido apresentadas por conferencistas que o antecederam para concluir que será inviável implantar os elementos julgados como adequados no projeto governamental (como uma relação crítica, diferenciada e autoral com as linguagens da comunicação, levando à valorização do protagonismo infanto-juvenil) sem o establecimento dos referenciais próprios do paradigma da Educomunicação.

Educom nas provas de acesso ao magistério na capital

A Professora Raquel Schöninger, Gerente de Articulação Pedagógica da Diretoria de Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, informou, durante o evento, que um edital da SE, publicado dezembro de 2017, havia incluido  a Educomunicação na lista de conteúdos programáticos das provas de ingresso para profissionais da rede de ensino da capital catarinense, para atuação já em 2018.

Segundo a Gerente, devem saber de Educomunicação tanto os candidatos ao magistério quanto os pretendentes a funções técnicas. Segundo o documento, a norma é válida para os candidatos a professores do ensino fundamental, desde os auxiliares de ensino (professores que assumem a docência na ausência do professor regente) até os professores das áreas específicas (Matemática, Português, Ciências, História, Geografia, Artes, Educação Física).

Outro decreto, assinado pelo Secretário da Educação, Prof. Maurício Fernandes Pereira, discriminando o exercício da função de professor auxiliar de Tecnologia Educacional, define que caberá a este profissional “Elaborar Plano de Trabalho priorizando a interdisciplinaridade e práticas educomunicativas pautadas na participação ativa, crítica, autoral, autônoma e responsável dos estudantes frente às mídias digitais, atentando para o diálogo com as diferentes linguagens (oral, imagética, escrita e áudio visual)”.

UDESC forma mestres e doutores em Educomunicação

A expansão da Educomunicação como política pública em Santa Catarina deve-se, em parte à contribuição científica da UDESC. A Universidade do Estado de Santa Catarina é a quarta instituição superior a formar especialistas na área, em nível de mestrado e doutorado.

Segundo o Banco de Teses da CAPES, foram produzidos, até o momento, 293 pesquisas, em todo o país (busco a partir do termo EDUOCMUNICA*), sendo que a USP lidera o processo formativo com 74 pesquisas defendidas. Seguem a lista a UFMT (com 21 pesquisas), UFPR (igualmente com 21), e a UDESC, com 10 trabalhos. Cabe à Professora Ademilde Silveira Sartori a liderança no processo formativo, com 9 teses orientadas.

Educomunicação: tema de congresso e conteúdo pedagógico, em Florianópolis

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