A profissão educomunicador e sua formação é tema de debate promovido pelo LABIDECOM – ECA USP

A Licenciatura em Educomunicação da Escola de Comunicações e Artes promoveu na noite de 19 de setembro de 2018, por meio do seu Laboratório de Inovação, Desenvolvimento e Pesquisa em Educomunicação (LABIDECOM). O encontro reuniu discentes e docentes das disciplinas de Metodologia do Ensino de Educomunicação e Legislação e Ética no âmbito da Educomunicação no auditório Lupe Cotrin para receberem os convidados: Adriano Augusto Vieira Leonel, Licenciado em Educomunicação ECA USP, desenvolveu o tema “Vinte anos de Pesquisa Perfil: quem é o educomunicador nos dias de hoje” como Trabalho de Conclusão de Curso; Bruno Ferreira, jornalista e mestrando na ECA, estuda sobre o trabalho de jornalistas em Educomunicação.

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Adriano Leonel fez a apresentação de parte dos resultados de seu TCC em que pode analisar o perfil dos associados da ABPEducom – Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais da Educomunicação, entidade da sociedade civil que vem ampliando e fortalecendo a rede de educomunicadores por todo o país, e parceira do NCE USP em muitos projetos, a exemplo do que será o II Congresso Internacional de Comunicação e Educação em novembro próximo, evento promovido pelas duas instituições. Adriano destacou o fato de estarmos comemorando 20 anos do I Congresso, promovido pelo NCE USP, e que se tornou um marco na história desta área científica e cultural, quando o conceito de educomunicação fora apresentado à sociedade nacional e internacional.

Assim como esta relação entre os dois Congressos, o estudo feito por Adriano fez uma relação com a pesquisa fundante da profissão e do paradigma da educomunicação ao pesquisar o perfil dos associados da ABPEducom, apoiado em levantamentos realizados pela própria associação.

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Dentre algumas características estão, ainda, a preponderância de pesquisadores de alto nível, com mestrado e doutorado, com poucos graduados, o que indica que o perfil dos associados é mais acadêmico que profissional, inclusive; por outro lado, demonstra a preponderância de jornalistas, maioria de mulheres, e que entendem a importância de fortalecer a Associação para que ocupe espaços e cumpra a sua função de representar o profissional e o pesquisador da educomunicação em diferentes contextos de atuação, bem como defender os princípios e fundamentos que o paradigma da educomunicação indica.

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Na sequencia, Bruno Ferreira apresentou reflexões a cerca da relação entre a profissão de jornalista com as práticas educomunicativas, a partir de um estudo qualitativo que vem desenvolvendo como parte das ações no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação na ECA USP (mestrado), sob orientação do prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares, .Jornalistas-educomunicadores: identidades profissionais em comunicação e educação” que está ainda na fase da pesquisa de campo, mas que já permite ao pesquisador problematizar alguns aspectos importantes sobre a questão.

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Bruno vem estudando o trabalho de doze jornalistas, em diferentes contextos, para considerar relações de suas práticas com as da educomunicação, encontrando pelo menos 4 áreas de intervenção social da educomunicação presentes. Destacou-se o quanto a educomunicação vem se tornando uma referência para um novo tipo de jornalismo, mais comprometido com a sociedade, com as comunidades dos “silenciados” (juventudes, periferias, etc).

O debate seguiu com questões feitas por participantes e que trouxeram novas reflexões, troca de informações, enfim, considerações sobre as práticas profissionais do educomunicador, os desafios e limites impostos ao profissional da Educomunicação, os diferentes modos de atuar, relações entre processo e produto, enfim, alimentaram um ótimo encontro. O LABIDECOM, assim como o NCE, vem organizando atividades há algum tempo entorno de questões da profissão e suas práticas.