Conflito entre polícia e frequentadores de bar gay em Nova York entrou para a história do movimento LGBT.
Cinquenta anos atrás, um conflito violento entra a polícia e frequentadores de um bar gay em Nova York entrou para história: o episódio ficou conhecido como a revolta de Stonewall. A invasão do bar localizado no Village, em 28 de junho de 1969, é considerada o marco inicial do movimento de libertação gay e o momento em que o ativismo pelos direitos LGBT ganhou o debate público e as ruas.
O episódio foi comemorado na 23ª edição da Parada do Orgulho LGBT em São Paulo no último domingo (23). Considerada a maior do mundo, a Parada reuniu cerca de três milhões de pessoas, segundo a organização, ao longo dos três quilômetros da Avenida Paulista. Muitos usaram fantasias e roupas nas cores da bandeira do movimento para celebrar a diversidade.
Ao todo, 19 trios elétricos desfilaram por cerca de sete horas de apresentações. O público se animou com a atração internacional Mel C, ex-integrante das Spice Girls. Também se apresentaram diversos artistas nacionais como Iza, Karol Conká, Gloria Groove, Aretuza Love, Luisa Sonza, Mateus Carrilho e outros.
A criminalização da homofobia, recentemente aprovada pelo STF, também foi um dos temas abordados durante o evento.
Cores da bandeira
Há exatos 39 anos, em 25 de junho de 1978, era apresentada ao público a bandeira LGBT durante desfile do orgulho gay nos Estados Unidos. O responsável por criá-la foi o artista Gilbert Baker. Ele era militar, mas após ser dispensado com honras do exército, foi morar em São Francisco, na Califórnia, onde começou a se envolver mais com o movimento LGBT, que, no início dos anos 70, estava começando a ser mais discutido. Por lá, ele apendeu sozinho a costurar e criou o design dessa bandeira toda colorida com as cores do arco-íris.