O trabalho elaborado por Jade Gonçalves Castilho Leite, com orientação do professor Claudemir Edson Viana, coordenador do NCE/USP foi discutido na edição do evento, realizado na Universidade Federal da Paraíba UFPB , em João Pessoa, PB.
O 45º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom) foi realizado de 5 a 9 de setembro de 2022, na Universidade Federal da Paraíba – UFPB, e dentre os trabalhos apresentados no evento – que é um dos mais importantes da área – esteve a pesquisa “Educação em Saúde nos tempos de epidemia: contribuições da Educomunicação como tecnologia social de mobilização”, desenvolvida por Jade Gonçalves Castilho Leite, estudante da Licenciatura em Educomunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Com orientação do Professor Dr. Claudemir Edson Viana, coordenador do NCE/USP e integrante da iniciativa, a pesquisa, apresentada na categoria“Intercom Júnior – IJ”, teve como foco a formação oferecida pelo projeto Educom.Saúde-SP, que promove cursos sobre Educomunicação para profissionais da área da saúde do Estado de São Paulo. O objetivo do trabalho se baseou em um processo de análise sobre formação oferecida pela iniciativa, assim como na observação dos indicativos e retornos obtidos de seus respectivos cursistas. Dentre outras etapas e focos da pesquisa, esteve, ainda, um processo de análise voltada ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do Projeto Educom.Saúde-SP 2020, idealizado para a formação na modalidade de Educação à Distância (EaD), e entrevistas com diversas pessoas envolvidas no projeto, como tutores, coordenadores, especialistas e assessoria.
De acordo com a estudante, o espaço promovido durante o evento foi essencial para trazer as discussões sobre o que foi trabalhado dentro do projeto. “A sessão do grupo Espaço e Cidadania teve 1h30 de duração e trouxe, além do projeto de Educomunicação e Saúde, outros projetos com temáticas educomunicativas, jornalismo comunitário, turismo regional e decolonialidade. Durante as falas, foram feitas contribuições das avaliadoras presentes e também da mediação, um espaço e momento muito rico com troca de aprendizados, referências e sugestões de encaminhamentos”, afirma Jade.
Dentre as observações apresentadas pela autora, esteve a percepção de uma melhoria na relação entre os profissionais da área da saúde para com as comunidades em que atuavam, a importância da Educomunicação como parte do processo de combate às epidemias – como, no caso, a mobilização voltada à redução da incidência das doenças causadas pelo Aedes aegypti – e as valiosas contribuições da Educomunicação como tecnologia social de mobilização, como o próprio título do trabalho sugere.
O projeto Educom.Saúde-SP foi idealizado pela Secretaria de Saúde, em parceria com a Associação Brasileira de Profissionais e Pesquisadores em Educomunicação (ABPEducom) e o Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE-USP), tendo sido realizado pela primeira vez no ano 2019. 282 agentes de saúde já foram formados pelo projeto desde então, e 400 profissionais se inscreveram para edição de 2022.
Parabéns Jade e Prof. Claudemir, por socializar a pesquisa sobre o Educom.saúde. Este grande esforço coletivo merece ser analisado para seu próprio aperfeiçoamento e sua aplicação em outros espaços.