Fernanda Simplicio apresentou detalhes de sua pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação na Universidade de São Paulo
✍️ Por Aline Amaral de Lima
No dia 27 de março, o Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE-USP) abriu a temporada de Encontros de 2025 com a presença da jornalista e pesquisadora, Fernanda Simplício, que trouxe à reflexão da Aprendizagem na Cibercultura.

A partir da reflexão sobre a Aprendizagem na Cibercultura, Simplício inicia sua fala destacando a importância da educomunicação como um campo que busca integrar a comunicação e a educação, promovendo um diálogo produtivo entre as duas áreas. Ela enfatiza que, na era digital, é fundamental que educadores e alunos desenvolvam habilidades críticas para navegar e produzir conhecimento no ambiente cibernético.
Um dos pontos centrais abordados pela pesquisadora foi a necessidade de se repensar as metodologias de ensino. Com a crescente presença das tecnologias nas salas de aula, há uma oportunidade única para transformar as práticas pedagógicas. “A educomunicação pode ser uma ferramenta poderosa para engajar os estudantes, permitindo que eles se tornem protagonistas de seu próprio aprendizado, não só no ensino regular, mas também no ensino superior”, comenta Fernanda.
Ela também menciona o conhecimento que não se restringe à produção teórica e acadêmica, e o valor do saber que se produz nas vivências e que esse conceito foi provado também na pesquisa do mestrado quando entrevistou as influencers Duda Ferreira e Helena Ferreira que são criadoras de conteúdo no canal @PretinhasLeitoras, Fernanda percebeu no processo de pesquisa que as meninas detinham uma maturidade a respeito da consciência e impacto que o canal delas possui, mas não conheciam ainda a Educomunicação e não se viam como educomunicadoras.
Após a exposição, os participantes do encontro virtual enviaram perguntas para a palestrante, sobre, por exemplo, como surgiu a motivação para discutir pandemia, aprendizagem e cibercultura. De acordo com a pesquisadora, ainda não há pesquisa e material teórico suficiente que apresente os impactos da pandemia no ensino, mas também que apesar de ser um assunto em voga, não há ênfase sobre a análise crítica dos meios, a emancipação e letramento digital dos alunos que possa resultar em uma aprendizagem construída pela troca de saberes.
Por fim, a especialista conclui que as pesquisas em educomunicação são essenciais para entender como as novas formas de comunicação podem ser integradas ao processo educativo. Ao fomentar o diálogo entre teoria e prática, é possível criar ambientes de aprendizagem mais inclusivos e eficazes, que preparem os alunos para os desafios do século XXI, onde a consciência crítica possa formar e ampliar a democratização de saberes.
O encontro completo está disponível no canal do Youtube do NCE e convida à reflexão de educadores, pesquisadores e todos aqueles interessados em explorar as interseções entre educação, comunicação e tecnologia para pensar criticamente sobre o futuro da educação na era da cibercultura.



